O Google assinou os maiores acordos de compra de energia até o momento para adquirir energia eólica offshore para seus data centers na Europa. Essa mudança faz parte do ambicioso plano do Google de combinar todo o consumo de eletricidade de seus data centers com a geração de energia limpa, 24 horas por dia, 7 dias por semana, até 2030.
Para alcançar esse objetivo, a empresa está investindo em energias renováveis, incluindo energia eólica offshore, para ajudar a fornecer mais energia limpa às redes elétricas onde opera. Segundo relatos, o Google está adicionando mais de 700 megawatts de capacidade de energia limpa à rede na Europa como parte de seu próximo passo para atingir esse objetivo.
O Google está tomando medidas em direção a soluções de energia renovável. Os acordos de compra de energia recentemente assinados são com os consórcios CrossWind e Ecowende, que são joint ventures entre as empresas de energia Shell e Eneco. Esse anúncio está alinhado com seu ambicioso objetivo de atingir emissões líquidas zero em todas as suas operações e cadeias de valor até 2030.
Os acordos referem-se aos novos parques eólicos offshore na Holanda, onde o Google opera dois de seus data centers. Espera-se que esses parques eólicos forneçam cerca de 6% do consumo de eletricidade dos Países Baixos, sendo um já em operação e o outro previsto para iniciar operações em 2026.
O Google tem feito progressos significativos no fornecimento de energia limpa para seus data centers. Com os mais recentes acordos de compra de energia, espera-se que os data centers holandeses do Google atinjam 90% de uso de energia limpa este ano.
Além disso, a empresa assinou acordos menores para comprar energia renovável de parques eólicos e solares onshore na Itália, Polônia e Bélgica. O objetivo do Google é combinar seu consumo de eletricidade com compras de energia sem carbono, em vez de gerenciar seus centros de dados exclusivamente com energia renovável, considerando que a energia renovável representa apenas cerca de 40% da produção de eletricidade dos Países Baixos.
Quando as empresas de tecnologia afirmam operar com energia renovável, elas podem, na verdade, estar comprando Certificados de Energia Renovável (RECs). Esses certificados são vendidos por cada megawatt-hora de eletricidade gerada por um gerador de energia renovável, e a receita destina-se a apoiar o desenvolvimento de novos projetos de energia limpa.
No entanto, os preços reduzidos dos CERs levaram a um dilema em que podem não gerar receitas suficientes para incentivar o desenvolvimento de novos projetos de energias renováveis. Isso poderia potencialmente anular o propósito de usar energia renovável se não adicionar capacidade à rede.
O Google e outros gigantes da tecnologia estão se esforçando para comprar energia livre de carbono localmente, de hora em hora, e não apenas anualmente. Essa medida incentiva a rede elétrica local a gerar e armazenar mais energia limpa 24 horas por dia, o que é um passo na direção certa para a redução das emissões de carbono. Essa medida poderá potencialmente ajudar a indústria eólica offshore, que tem enfrentado custos crescentes, levando ao encerramento de alguns projetos na Europa e nos EUA, onde o Google tem uma presença significativa.