Após uma série de testes recentes de motores, o chefe da SpaceX, Elon Musk, declarou o poderoso foguete Starship pronto para lançamento… mas primeiro há a pequena questão de obter autorização da Federal Aviation Administration (FAA).
A SpaceX postou um pequeno vídeo (abaixo) na noite de terça-feira mostrando o foguete Super Heavy de primeiro estágio e a espaçonave Starship de estágio superior – conhecidos coletivamente como Starship – na plataforma de lançamento nas instalações Starbase da empresa em Boca Chica, Texas.
O Super Heavy – o foguete mais poderoso já fabricado – fez seu vôo inaugural em abril, mas um problema técnico poucos minutos após o início da missão de teste levou os engenheiros da SpaceX a realizar uma explosão controlada no foguete que encerrou abruptamente o vôo.
Mas esse não foi o único problema. Os 17 milhões de libras de empuxo disparados pelos 33 motores Raptor do Super Heavy causaram a desintegração da plataforma de lançamento, enviando concreto e outros materiais para muito além do local de lançamento.
Para superar o problema, os engenheiros da SpaceX projetaram e testaram um defletor de chamas resfriado a água, um sistema de dilúvio feito de aço que é capaz de lidar com o imenso calor e força gerados pelo foguete ao sair da plataforma de lançamento.
Mas antes que os motores do foguete possam ser acionados para o segundo voo de teste, a FAA precisa concluir uma avaliação do impacto do primeiro voo na área ao redor do local de lançamento. Grupos ambientalistas também têm expressado preocupações e afirmam que antes do primeiro voo a FAA não conseguiu avaliar adequadamente a extensão dos danos ambientais que o foguete da SpaceX causaria.
Quando totalmente testado, a SpaceX deseja usar o Super Heavy para missões tripuladas à Lua, Marte e, possivelmente, a lugares ainda mais distantes no espaço. A empresa de Musk já tem contrato com a NASA para usar uma versão modificada do estágio superior – a espaçonave Starship – para o pouso tripulado do Artemis III na Lua, que está programado para 2025.
Isso significa que há muito o que fazer no próximo voo de teste, já que outra falha pode impactar o já apertado cronograma para o primeiro pouso lunar tripulado da NASA em cinco décadas.