Paul Dietrich, estrategista-chefe de investimentos da B. Riley Wealth Management, recentemente pintou um quadro preocupante do mercado de ações, sugerindo um declínio potencial muito superior aos observados no início dos anos 2000 e 2008 e potencialmente o pior que Wall Street já viu no último século.
Dietrich, em seu último comentário, argumentou que o mercado está atualmente passando por uma bolha alimentada por especulação e entusiasmo em torno de um pequeno número de empresas de tecnologia, incluindo Nvidia e Microsoft, em vez de fundamentos sólidos como o crescimento dos lucros corporativos.
Ele destacou avaliações historicamente altas, incluindo a relação preço/lucro do S&P 500 e o índice Shiller P/L ajustado pela inflação, como evidência de superfaturamento e acrescentou que o baixo rendimento de dividendos sugere um foco em ganhos de curto prazo em detrimento de investimentos de longo prazo.
O estrategista comparou o atual entusiasmo dos investidores em torno da inteligência artificial à bolha das pontocom do final da década de 1990, levantando preocupações sobre uma crise semelhante, ao mesmo tempo em que observou um aumento recente no “Indicador Buffett”, uma métrica favorecida por Warren Buffett que mede a proporção entre a capitalização total do mercado de ações de um país e seu PIB, o que sugere que as ações estão se aproximando de um território perigoso, já que estão em 188%, perto da marca de 200%, onde Buffett acredita que comprar ações é “brincar com fogo”.
Além do mercado em si, Dietrich expressou preocupação com a saúde subjacente da economia dos EUA, dizendo que anos de baixas taxas de juros e altos gastos do governo apenas atrasaram a crise, não a impediram.
O estrategista previu que o Federal Reserve será forçado a manter as taxas altas para combater a inflação, e o governo precisará aumentar os impostos para lidar com seu déficit. Esses fatores, combinados com uma potencial desaceleração, podem desencadear uma recessão.
Para ele, as taxas de juros permanecerão elevadas por anos para conter a inflação, com o governo, em seu cenário, sendo forçado a aumentar impostos para lidar com o crescente déficit orçamentário.
Embora uma recessão típica possa fazer o S&P 500 cair cerca de 36%, Dietrich alertou para uma queda mais acentuada, potencialmente de até 48%, para cerca de 2.800 pontos, o que levaria o índice de volta a níveis não vistos desde os primeiros dias da pandemia de Covid-19.
O estrategista sugeriu que outros investidores institucionais também estão se preparando para uma recessão, apontando para o aumento de 20% do ouro para novos recordes no ano passado, como resultado de instituições que se abasteceram de ouro esperando uma “grande correção ou queda do mercado de ações devido ao nosso mercado de ações extremamente supervalorizado e uma economia subjacente em desaceleração”.
Conforme relatado pelo CryptoGlobe, o preço do ouro também vem subindo devido à crescente demanda do Banco Popular da China (PBOC), que continua sendo um participante significativo no mercado global de ouro.
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