O novo financiamento reforça a unidade da OTAN em meio à agressão russa.
Em uma tentativa de reforçar as capacidades defensivas da Ucrânia contra a contínua agressão russa, a Holanda anunciou um financiamento adicional de € 300 milhões para aquisição de munição para caças F-16.
Isso se soma a uma alocação anterior de € 150 milhões, destacando o comprometimento da OTAN com a soberania da Ucrânia.
Em um discurso durante a cúpula da OTAN em Washington, o Ministro da Defesa holandês Ruben Brekelmans revelou um aumento no suporte financeiro para a Ucrânia, enfatizando a necessidade de armamento. Os novos fundos facilitarão a compra de munição diretamente da indústria de defesa, garantindo que os F-16s que serão entregues em breve à Ucrânia estejam operacionais e totalmente equipados para o combate.
“Os ucranianos não devem apenas ser capazes de pilotar os F-16s. Eles também devem ser capazes de implantar a aeronave”, afirmou o Ministro Brekelmans. Ele enfatizou a importância desse apoio para conter as ofensivas russas, afirmando: “A agressão de Putin não conhece limites; nosso apoio deve, portanto, continuar a toda velocidade. Ao comprar essa munição extra para F-16, também queremos enviar a mensagem a Moscou de que os aliados da OTAN continuarão a apoiar a Ucrânia inabalavelmente. A Rússia não deve vencer esta guerra; isso também é do interesse da nossa segurança.”
Diante da invasão da Ucrânia pela Rússia, os holandeses continuam dedicados aos membros de instituições internacionais como a OTAN e a UE, e também demonstraram apoio consistente ao povo da Ucrânia, destaca o relatório “O mercado de defesa dos Países Baixos 2024-2029” da GlobalData.
Aliados da OTAN reforçam forças com coalizão de capacidade da Força Aérea
O anúncio da Holanda é um desenvolvimento na estratégia mais ampla da OTAN, exibindo a frente unificada da aliança. Ao lado da Dinamarca e dos Estados Unidos, a Holanda lidera a Air Force Capability Coalition (AFCC), uma iniciativa para reforçar as capacidades de defesa aérea entre aliados e parceiros da OTAN.
Como parte dessa coalizão, a Holanda está disponibilizando 18 F-16s para o centro de treinamento europeu de F-16 na Romênia e está pronta para transferir 24 de seus F-16s para a Ucrânia. Isso marca um aprimoramento da prontidão de combate aéreo da Ucrânia, fornecendo uma vantagem em sua estratégia de defesa.
A Noruega enviará seis aeronaves F-16 excedentes para a Ucrânia até o final de 2024, anunciou o Primeiro Ministro Jonas Gahr Støre em 10 de julho de 2024. Esta contribuição faz parte do AFCC liderado pela Dinamarca, Holanda e EUA. A decisão da Noruega segue a eliminação gradual de sua frota de F-16 em favor dos F-35s mais novos.
Implicações mais amplas para a segurança regional
A transferência iminente de F-16s da AFCC para a Ucrânia está envolta em confidencialidade. Isso reflete preocupações sobre segurança operacional e se alinha com solicitações explícitas de autoridades ucranianas. Essa abordagem cautelosa enfatiza o delicado equilíbrio entre transparência e vantagem tática no conflito em andamento.
A Rússia está intensificando os ataques aéreos em campos de aviação ucranianos, visando especificamente locais que devem abrigar caças F-16 que chegarão da Holanda neste mês.
Embora os detalhes do cronograma de entrega permaneçam não divulgados, o pacote de suporte aprimorado é um sinal claro do comprometimento da OTAN com a Ucrânia. Espera-se que o fornecimento de munição amplifique a eficácia das forças ucranianas em repelir avanços russos e estabilizar regiões contestadas.
Mensagem para Moscou
Este último compromisso financeiro da Holanda reforça a capacidade militar da Ucrânia e lembra Moscou do apoio da OTAN ao seu aliado do Leste Europeu. Ao garantir que as forças ucranianas estejam bem armadas e prontas para o combate, a OTAN visa deter mais agressões russas e manter a estabilidade regional.
O aumento do investimento da Holanda em munição F-16 para a Ucrânia reforça a postura de defesa da OTAN. À medida que o conflito continua, tais medidas são cruciais para sustentar a Ucrânia e proteger o cenário geopolítico mais amplo contra agressões.
Fonte: Airforce Technology