Política Monetária: Definição e Impacto na Economia

Mesmo tendo grande influência no cotidiano dos brasileiros e na gestão financeira, muitas pessoas ainda desconhecem o funcionamento da política monetária. O que envolve a política monetária?

A política monetária consiste no conjunto de medidas adotadas pelo governo para controlar a oferta de moeda na economia, ou seja, sua liquidez. Essa política, quando implementada pelo Estado, pode impactar diretamente a inflação e as taxas de juros de um país, exercendo influência direta sobre a economia.

No Brasil, por exemplo, algumas crises foram atribuídas a más decisões relacionadas à política monetária. Para administrar a economia de um país, as autoridades utilizam uma variedade de instrumentos de política monetária.

Esses instrumentos podem ser categorizados em dois grupos principais: política monetária restritiva e política monetária expansionista.

Para que serve a política monetária?

Ao longo da história moderna, os países sempre recorreram à política monetária para gerenciar a economia. Ela desempenha um papel fundamental no controle e na superação de crises. No entanto, é importante destacar que, se usada de maneira inadequada, a política monetária pode desencadear crises.

O principal objetivo da política monetária é manter a inflação sob controle. Para alcançar esse objetivo, o governo estabelece metas de inflação para determinado período e o Banco Central utiliza os instrumentos de política monetária para alcançá-las.

Normalmente, há um intervalo de tolerância em torno da meta. Por exemplo, o governo pode estabelecer a meta de inflação no centro de 4,5%, com uma tolerância de 1,5% para cima ou para baixo. Portanto, se a inflação se situar entre 3% e 6%, a meta é considerada cumprida. Esse intervalo permite a absorção de choques de curto prazo na economia, como crises externas.

Como a Política Monetária funciona no Brasil?

O Brasil, com suas flutuações econômicas significativas, oferece um ambiente propício para a aplicação de políticas monetárias. Em um curto espaço de tempo, o país experimentou políticas tanto expansionistas quanto contracionistas.

Normalmente, em países mais desenvolvidos, as mudanças de políticas ocorrem em intervalos mais longos, com décadas sem grandes alterações na condução da política macroeconômica.

No entanto, no Brasil, entre 2016 e 2018, houve uma transição de uma política amplamente contracionista para uma expansionista. O país enfrentou um aumento acentuado da inflação devido a políticas de estímulo ao consumo que não surtiram os resultados esperados.

Isso levou a uma política monetária contracionista, com um aumento notável na taxa Selic, que atingiu o pico de 14,25% em julho de 2015. Esse aumento visava controlar a inflação, que ainda atingiria 10,70%, um nível considerado elevado. A taxa Selic permaneceu nesse patamar até novembro de 2016, quando a inflação começou a ceder.

Pode-se argumentar que essa política foi bem-sucedida, uma vez que a inflação em 2017 ficou abaixo de 3%, um nível muito baixo para os padrões brasileiros. No entanto, o controle da inflação foi alcançado à custa de uma redução significativa do PIB e do aumento do desemprego.

A partir do final de 2016, o país adotou uma política expansionista, com a Selic atingindo a menor taxa da história em 2018. Desde então, a taxa de juros continuou a diminuir até atingir 2%, começando a subir somente em 2021.

Quais são os principais instrumentos de Política Monetária?

Existem três principais tipos de instrumentos usados no Brasil por meio da política monetária. São eles:

  1. Open market: É o mercado onde os bancos realizam operações de compra e venda de títulos públicos federais. O governo pode atuar nesse mercado, comprando e vendendo títulos públicos federais, influenciando a liquidez na economia.
  2. Taxa de Redesconto: Trata-se de um empréstimo do Banco Central para instituições financeiras. O Banco Central, conhecido como o “banco dos bancos”, pode estabelecer taxas de empréstimo mais altas ou mais baixas, dependendo das condições econômicas.
  3. Depósito compulsório: Envolve a coleta, pelos bancos, de uma porcentagem dos depósitos conforme as diretrizes do Banco Central. Isso limita a quantidade de dinheiro disponível na economia e afeta a liquidez.

Esses instrumentos desempenham um papel crucial na condução da política monetária do Brasil, seja para estimular o crescimento econômico ou controlar a inflação. Portanto, compreender sua utilização é essencial para tomar decisões informadas no mundo dos investimentos.

Qual a diferença entre Política Monetária e política fiscal?

A política monetária está relacionada ao controle da oferta de moeda, enquanto a política fiscal envolve o controle da receita e dos gastos do governo. Ambas desempenham um papel significativo na gestão econômica, pois o governo arrecada recursos por meio de impostos e os utiliza para fornecer serviços e pagar funcionários.

Essas políticas frequentemente se cruzam e precisam estar alinhadas para alcançar um planejamento macroeconômico eficaz. Portanto, entender as diferenças entre política monetária e política fiscal é fundamental para compreender como as autoridades econômicas gerenciam a economia de um país.

Qual a diferença entre Política Monetária Restritiva e Expansionista?

A diferença entre a política monetária restritiva e expansionista é a seguinte:

Política Monetária Restritiva:

  • Usada em períodos de crescimento econômico, mas com inflação alta.
  • Objetivo: reduzir a liquidez na economia e controlar a inflação.
  • Medidas: aumento das taxas de juros, venda de títulos públicos, aumento do depósito compulsório.

Política Monetária Expansionista:

  • Implementada em situações de recessão econômica.
  • Objetivo: estimular o crescimento econômico.
  • Medidas: redução das taxas de juros, compra de títulos públicos, redução do depósito compulsório.

Essas políticas têm efeitos opostos na economia e são utilizadas de acordo com as condições econômicas do momento. A escolha entre uma política restritiva e uma expansionista depende dos objetivos do governo em um determinado momento.

Quais os efeitos da inflação na economia?

A inflação tem vários impactos na economia, incluindo:

Diminuição do poder de compra:

  • A inflação pode reduzir o poder de compra das pessoas, uma vez que os salários podem não acompanhar o aumento de preços. Isso significa que, mesmo com um salário nominal inalterado, as pessoas podem comprar menos produtos.

Redistribuição aleatória da riqueza:

  • A inflação afeta diferentes agentes econômicos de maneira desigual, o que pode resultar em uma redistribuição aleatória da riqueza na sociedade.

Aumento excessivo do câmbio:

  • A inflação pode levar a uma apreciação da moeda local, afetando as taxas de câmbio e tornando as moedas mais fortes mais valiosas.

Incerteza econômica:

  • A inflação em níveis elevados pode criar incerteza na economia, dificultando o planejamento e os investimentos das empresas.

É importante notar que tanto a inflação quanto a deflação podem ser prejudiciais à economia. Portanto, a política monetária é uma ferramenta importante para controlar a inflação e manter a estabilidade econômica.

Quais os efeitos de uma alteração na Selic?

Uma mudança na taxa Selic tem diversos efeitos na economia, dependendo se a taxa está aumentando ou diminuindo:

Aumento da Selic:

  • Redução da inflação.
  • Aumento do desemprego.
  • Redução dos investimentos empresariais.
  • Redução do PIB.

Diminuição da Selic:

  • Aumento da inflação.
  • Aumento no emprego.
  • Estímulo a novos investimentos.
  • Crescimento do PIB.

É importante notar que a relação entre a taxa Selic e seus efeitos na economia pode variar dependendo do contexto econômico e das condições de mercado. Além disso, a confiança dos investidores e a situação fiscal do país também desempenham um papel importante na resposta da economia às mudanças na taxa Selic.

Qual o impacto da Política Monetária na População?

A política monetária tem um impacto direto na vida das pessoas e pode afetar significativamente o cotidiano dos brasileiros. A compreensão de como a política monetária influencia a economia é crucial para investidores que desejam tomar decisões informadas.

A política monetária pode influenciar a inflação, o desemprego, os investimentos e o crescimento econômico, afetando o poder de compra e o bem-estar da população. Portanto, entender como a política monetária funciona e seus efeitos é fundamental para quem busca sucesso nos investimentos e na gestão financeira pessoal.

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