Ataques aéreos russos têm como alvo campos de aviação onde a Ucrânia pode abrigar caças F-16 que chegarão em breve da Holanda.
Uma série de ataques russos a campos de aviação na Ucrânia apontam para a tática de Moscou de mirar em locais que acredita abrigarem F-16s, que os apoiadores europeus de Kiev enviarão neste mês (julho de 2024).
A cidade ocidental de Starokostiantyniv, lar de uma das bases aéreas mais importantes da Ucrânia, tem sido o principal alvo dos ataques aéreos russos.
A Ucrânia pediu repetidamente aos aliados da OTAN que enviassem caças F-16 fabricados nos EUA, persuadindo Holanda, Dinamarca, Noruega e Bélgica a se comprometerem a enviar cerca de 90 jatos entre eles.
O Ministro da Defesa holandês Kajsa Ollongren disse que as autorizações necessárias aprovaram a entrega dos 24 F-16s independentemente da mudança de governo de hoje (2 de julho). Ollongren não especificou quantos F-16s serão enviados na primeira entrega – nem quando os jatos chegarão à Ucrânia.
O apelo da Ucrânia pelos Patriots cresce mais alto
Embora Kiev tenha recebido com satisfação a promessa dos F-16, os ataques da Rússia aos campos de aviação ucranianos expõem os desafios que o país enfrenta na reconstrução de suas forças aéreas e defesas aéreas esgotadas.
O presidente Volodymyr Zelensky liderou o apelo da Ucrânia por mísseis Patriot – os sistemas de defesa aérea mais capazes e caros que Kiev tem contra o bombardeio aéreo da Rússia.
Em abril, os EUA alocaram US$ 6 bilhões de seu pacote de ajuda de US$ 60 bilhões para a Ucrânia exclusivamente para Patriots. Cada bateria custa aproximadamente US$ 1 bilhão, e cada míssil custa US$ 4 milhões.
A Ucrânia tem atualmente três ou quatro sistemas Patriot, fornecidos pelos EUA e Alemanha. Zelensky diz que precisa de pelo menos sete para defender suas principais cidades, incluindo a segunda cidade Kharkiv, que tem sido fortemente alvo das bombas aéreas guiadas KAB da Rússia.
Os EUA também discutiram o envio de até oito sistemas Patriot de Israel para a Ucrânia, sem chegar a uma decisão.
Espera-se que Zelensky reitere tais apelos nas negociações com o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, que chegou a Kiev ontem (1º de julho), um dia após a Hungria assumir a presidência do Conselho da UE.
Orban, um crítico vocal do apoio ocidental a armas para a Ucrânia e aliado de Putin, teria proposto um acordo de cessar-fogo a Zelensky. Nenhum dos premiês revelou a resposta exata de Zelensky.
A atenção agora se volta para a iminente entrega holandesa de caças F-16, o potencial para novas remessas de Patriots e como a Ucrânia protegerá seus campos de aviação dos ataques da Rússia.
Fonte: Airforce Technology