Conhecido pelas suas posições nacionalistas e pelo apoio sem reservas à guerra contra o Hamas, Smotrich faz parte do partido extremista Sionismo Religioso.
“Estamos a tomar medidas para estabelecer os factos no terreno para tornar a Judeia e a Samaria (o termo usado por Israel para se referir à Cisjordânia ocupada – ed.) uma parte integrante do Estado de Israel.
Estabeleceremos a nossa soberania, primeiro no terreno e depois legalmente. Pretendo legalizar as colônias. O meu objectivo na vida é impedir o estabelecimento de um Estado palestiniano”, disse Smotrich numa reunião do seu partido.
Os comentários do ministro israelita surgem no contexto em que recebeu novos poderes para integrar os territórios palestinianos em Israel, segundo divulgação anteriormente feita pelo The Guardian.
“Criamos um sistema civil separado. Será mais fácil lidar com o contexto internacional e jurídico”, disse ele, referindo-se a esses poderes para quem foram transferidos das FDI. Smotrich e os seus aliados queriam há muito tempo o controlo da Administração Civil, esperando poder usá-lo para anexar directamente a Cisjordânia ocupada.
A Cisjordânia está sob ocupação militar israelita desde 1967, após a Guerra dos Seis Dias. Milhões de palestinos vivem neste território.
Relatos dos meios de comunicação israelitas sugerem que funcionários do governo dos EUA estão a discutir em privado a possibilidade de sancionar Smotrich como resultado das suas acções desestabilizadoras na Cisjordânia e dos esforços para reforçar os esforços de colonização israelita no território.
Benjamin Netanyahu tornou-se cada vez mais dependente do apoio de Smotrich e de outros elementos da extrema-direita para a sobrevivência do seu governo – há pouco tempo, Benny Gantz, um dos rivais de Netanyahu, abandonou o seu apoio ao governo e regressou à oposição.
FX
Saiba Mais! 
